Resenha: paleta 1up, da Lethal Cosmetics

 E então, depois de quase um ano, voltei a escrever.

A intenção de resenhar essa paleta da Lethal surgiu assim que a comprei, mas queria usar bastante para dar o melhor retorno possível. Como sei que a internet prioriza conteúdos curtos em vídeo, fiz alguns looks aqui; ainda assim, gostaria de deixar as informações disponíveis em algum outro lugar, e sempre acho mais prático ler do que rever um TikTok 15 vezes.

Bom, comecemos.

A Lethal

A Lethal Cosmetics é uma marca de cosméticos veganos da Alemanha especializada em sombras unitárias, com as quais você pode montar sua paleta ideal. Contudo, recentemente tem lançado mais paletas pré-prontas, como a Berlin 89, a Nightflower, a Evergreen e as colaborações com a youtuber Theresa is Dead. Além disso, possui opções de blushes e iluminadores, batons, gloss e delineadores em gel.

Meu primeiro contato foi através da Beatriz Mariano, anos e anos atrás, quando ela divulgou algumas das sombras. Na época, não havia tantas opções de cores, mas a marca já me interessou. Com o tempo e o crescimento do catálogo, voltei mais e mais atenção à Lethal. 

A paleta

A paleta 1up foi lançada em meados de 2022 com o tema arcades dos anos 1980, e particularmente acredito que a proposta foi muito bem executada. Além da referência óbvia da embalagem, a escolha de cores, saturação e neons traduz muito bem a imagem que temos da estética oitentista, com bodys coloridos, maquiagens divertidas e fantasminhas de fliperama.

Normalmente, não gosto de paletas com formatos diferentes. Embalagem interessante é uma coisa, mas uma paleta em forma de sapato é outra; até porque muitas vezes isso se torna um problema de armazenamento. Contudo, a Lethal acertou na escolha: a paleta é original e muito lúdica (adoro o efeito da “tela” que muda conforme você vira), mas ainda é vagamente retangular, além de bem fina. E como guardo minhas paletas em suas caixinhas, achei super tranquilo encontrar um espacinho para ela.

Mas vamos às sombras, que eu sei ser o que te trouxe aqui.

A paleta tem 12 cores e é organizada em dois lados (player 1 e player 2), cada um com três mates e três tons com brilho. Desses, três são mates tradicionais, três reagem à luz negra, três são brilhos duochrome e três são trichrome. Quanto às sombras brilhosas, acho que existe ainda mais variedade, pois algumas são mais metálicas, com partículas menores, enquanto outras são super sparkly, com aquele efeito molhado e partículas maiores. Duas dessas são mais opacas (Avatar e High Score), enquanto as outras poderiam ser chamadas de transformadoras, pois não têm tanto pigmento de base e mudam conforme a sombra por baixo.

Segue a descrição conforme anunciado no Instagram durante o mês de lançamento:

Player One

Insert coin: lemon yellow neon matte (UV reactive)

8-Bit: harlequin green neon matte (UV reactive)

Power Up: deep teal matte

Split Screen: sparkly yellow/green/red trichrome

Final Boss: metallic spring green/pink duochrome

Avatar: metallic emerald green/pink duochrome

 

Player Two

Hit Point: deep indigo blue matte

Joystick: medium violet matte

Combo: bubblegum pink neon matte (UV reactive)

High Score: sparkly petrol blue/green duochrome

 Bonus: sparkly mauve/blue/green trichrome

Game Over: metallic pink/gold duochrome

Minhas impressões

A textura das sombras é um pouco mais seca do que estou acostumada, então fica bastante pó (fallout) na paleta, no pincel, em tudo, motivo pelo qual recomendaria fazer sua pele por último. As cores são bem pigmentadas, mas não daquela forma impactante que joga pigmento na sua cara com a primeira pincelada, e sim com a construção de camadas. Gosto bastante de ambas as fórmulas, mas confesso que estou mais acostumada com aquela que entrega pigmento de cara, então demorei um pouco a me acostumar com essa.

Durante esses meses de uso, os mates se comportaram lindamente: esfumam bem e se misturam a sombras mais claras e mais escuras tanto da própria paleta quanto de outras, e já criei looks que me agradaram muito... com exceção do roxo. Isso me deixou bem chateada, porque apesar de eu entender que é uma cor difícil de formular, é também minha favorita. 

Até agora, a performance de Joystick tem sido inconsistente. Na maioria das vezes, tenho dificuldade de fazê-la parecer pigmentada, porque quando vou esfumar o produto simplesmente some. Se tento colocar preto por cima para escurecer, o que está embaixo fica manchado e também some. Uma das formas que consegui fazê-la funcionar foi por cima do lilás da Sugarpill, usando-a para escurecer o tom pastel. Contudo, esta semana, enquanto fazia os looks para o vídeo que acompanha esta resenha, a sombra se comportou bem. Enfim, não é minha fórmula favorita, e ter que contornar a situação a cada vez que tento usar me incomoda, especialmente por não ser um produto barato.

Fiquei impressionada com a qualidade dos neons, pois muitas vezes esse tipo de sombra é difícil de esfumar, mas nunca tive nenhum problema. Claro, elas ficam muito mais vibrantes sobre uma base branca, mas permanecem vívidas quando as uso com meu primer normal, sendo apenas menos fluorescentes. E quanto a brilharem na luz negra, usei Insert Coin para ir ao show do NX Zero e pareci um vagalume a noite inteira.

Os metálicos são todos lindos, e High Score com certeza ganhou meu coração! Não uso sombras brilhosas com taanta frequência, mas elas cumprem bem seus papeis e, confesso, são hipnotizantes. Só gostaria de informar que o efeito trichrome aparece melhor se a sombra for aplicada em uma área extensa, pois existe mais superfície para a luz refletir de diferentes formas. Ah, foi muito legal descobrir que consigo usar Final Boss como iluminador! Fica lindo na pele, refletindo majoritariamente azul e mudando suavemente para rosa de acordo com a iluminação. A única das sombras cintilantes que não me encantou tanto foi Game Over; apesar de a cor ser bonita, não é minha preferida, e parece até básica demais perto das outras. Creio que talvez um fúcsia ou rosa frio sparkly funcionasse melhor – mas isso é preferência, a qualidade é impecável.

A escolha de cores é linda e de fato remete aos anos 1980, mas como os tons das sombras são médios ou escuros, não há tanto contraste, e são todas bem vibrantes. Isso a torna excelente se você gosta de makes ultracoloridas, porém não acho que essa seja uma paleta fácil de ser usada sozinha a depender do seu estilo de maquiagem. Eu raramente uso uma paleta sozinha, e escolhi esta porque além de gostar do esquema de cores, percebi que era a parceira perfeita para a paleta Fun Size, da Sugarpill. Assim, se você gosta de tons bem vibrantes ou se já tem preto e branco ou tons pasteis em sua coleção, esta é uma ótima aquisição.

O frete

Sei que quando falo de alguma make gringa, costumam haver perguntas sobre tributação e frete. Neste caso, o processo de importação não foi diferente, mas como a Lethal tem frete fixo a €8,99, o total não ultrapassou US$50, não havendo a necessidade de pagar as tarifas alfandegárias

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